14 de fevereiro de 2012

Polícia do Senado. A mais cara do País.

Se em vários Estados há policiais militares e civis pressionando governadores por salários mais condizentes com os riscos que enfrentam, em pelo menos um lugar do país não existe um agente sequer na busca por melhorias: No Senado Federal.

 Para proteger parlamentares e garantir a segurança da Casa sem dar um tiro sequer, o salário inicial dos policiais da Casa é R$ 13.800,00, além de uma série de benefícios.

Para guardar os senadores há 120 agentes, além de mais 250 funcionários da parte administrativa da polícia legislativa. A principal função deles é checar crachás, impedir a entrada de descredenciados e conter manifestantes. Os agentes são autorizados a portar armas letais, embora não as tenham usado nas últimas décadas. O custo da operação toda chega perto dos R$ 30 milhões. Um Concurso a ser realizado no dia 11 de março deste ano abrirá 25 vagas para o cargo – principalmente para substituir aposentados.

Desde o fim do ano passado, vários Estados sofreram com greves de policiais. O caso mais recente é o da Bahia, onde os agentes que enfrentam o crime nas ruas brigam por salários de pouco mais de R$ 3.000. Pelo menos 177 pessoas morreram em Salvador durante o impasse com o governo estadual.

No Senado, até os terceirizados, que trabalham nas portarias, ganham mais: eles têm vencimentos de cerca de R$ 3.500 por mês. Também no Distrito Federal está o salário mais bem pago aos policiais militares: R$ 4.600,00.

 Os senadores, assim como os deputados, fazem parte de um bloco de resistência à PEC 300 (Proposta de Emenda à Constituição), que trata do estabelecimento de um piso nacional para os policiais. O temor é de que um aumento nesses vencimentos onere os Estados para além dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A presidente Dilma Rousseff tampouco é simpática a essa medida, ainda em análise no Congresso. Os governadores pedem a criação de um fundo de até R$ 1 bilhão em contrapartidas do Palácio do Planalto para aplicar o piso nacional para policiais militares e civis, além dos bombeiros. O temor do governo federal é de que, além das contrapartidas, haja necessidade de arcar com um reajuste também para os militares.

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