13 de janeiro de 2017

Polícia Civil e Militar executa "pente fino" no Conjunto Penal de Feira de Santana


Todos os pavilhões do Conjunto Penal de Feira de Santana foram vasculhados, durante todo o dia desta sexta-feira (13). chuchos, aparelhos celulares, cachimbos, mais de 90 papelotes de maconha, mais de 30 papelotes de cocaína, pedras de crack e 7 facas estão na lista dos objetos encontrados.


A operação foi expedida pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Valdir Viana, e teve o apoio da 1ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior e Secretaria de Ressocialização e Administração Penitenciária (Seap), além da Polícia Militar e do Bombeiros.

Capitão Allan Araújo - diretor do CPFS



O diretor do presídio, capitão PM Allan Araújo, ressaltou que a operação tratou-se de uma medida preventiva para evitar que possíveis delitos possam acontecer na unidade prisional. De acordo com ele, a ação teve a presença maciça da Polícia Militar, Polícia Civil e agentes penitenciários. “A ação contou com quase 100 homens da PM, mais de 40 homens da Polícia Civil e 30 agentes penitenciários. Tivemos um resultado muito positivo em Feira de Santana em mais uma operação em prol da segurança prisional”, afirmou.


O diretor explicou também que, durante a operação ‘Pente Fino’, um detento ficou ferido e teve que ser atendido pelo Corpo de Bombeiros. Capitão Allan disse que o interno tentou esconder drogas no esgoto da cela e ficou com o braço preso. Ele foi resgatado pelos bombeiros. Ainda segundo Allan Araújo, após a operação nenhum detento foi transferido do conjunto penal. Mas é possível que ocorram transferências nos próximos dias.


Ala feminina também passou por varredura


A delegada Dorean dos Reis Soares disse que a ala feminina do conjunto penal, composta por 16 celas e com 86 internas, também foi revistada. A PM , Polícia Civil e agentes prisionais encontraram um celular e uma pequena quantidade de drogas que aparentava ser maconha.



“Uma operação muito exitosa. Queremos demonstrar que o Estado tem o total controle do presídio. Tivemos a atuação das polícias e foram ouvidos mais de 50 presos das várias celas onde foram encontrados chuchos, drogas e celulares. Tudo será comunicado ao juiz da Vara de Execuções Penais, que determinou essa operação, e que foi abraçada também pela Secretaria de Segurança Pública (SSP)”,  declarou Dorean.

Alguns dos materiais ilícitos apreendidos


O delegado regional, João Rodrigo Uzzum, , explicou que o papel da Polícia Civil na operação consistiu na responsabilização penal e no aspecto administrativo dos presos que foram encontrados portando drogas, armas brancas e celulares.




“Todo esse material foi recolhido e essas pessoas foram levadas às equipes de formalização. Tivemos oito equipes de formalização com um total de dez escrivães à frente e em torno de oito delegados para que podessemos fazer com essas pessoas fossem responsabilizadas na esfera criminal e administrativa junto à Vara de Execuções Penais dessa cidade. Essa operação nasceu após a expedição de um mandado de busca pelo juiz Valdir Viana, quando nós recebemos informes das agências de inteligência da SSP, Polícia Civil e Polícia Militar no sentido da possibilidade da existência de alguns itens ilegais com os internos. Tivemos o cuidado em ouvir as pessoas e vamos analisar quais desses internos que foram ouvidos possuem uma liderança dentro do Presídio Regional de Feira de Santana. Todos que a nossa inteligência já aponta como sendo líderes e que foram encontrados com drogas e outros objetos evidentemente serão representados por isso e também responsablilizados na esfera administrativa”, disse.


Uzzum salientou que na esfera criminal, a posse do telefone celular, assim como a posse de entorpecentes, entram nas questões administrativas e se o preso é flagrado com esses objetos ele enquadra-se na chamada falta grave na lei de execuções penais, podendo haver a regressão da pena.
“Muito provavelmente será decretada regressão de regime e ele será punido. Não basta fazer as revistas e as apreensões. Nós temos que punir os internos que estão transgredindo a lei de execuções penais”, concluiu.


* Fato Concreto com informações do Acorda Cidade

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